sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Amizades, amores e paixões

Fazer amigos…Como?
Descontrai-te, sorri e não tenhas medo de dizer asneiras. Porque não procuras uma aproximação dos teus colegas, perguntando se te podes sentar ao pé deles. Depois não fiques calado; fala, sorri, procura encontrar interesses, temas e assuntos em comum. Tal como na conquista amorosa, o que custa mais é o primeiro passo, depois vai sendo mais fácil, basta seres espontâneo(a), seres TU mesmo(a)!  
É difícil fazer amigos, mas mais complicado é perdê-los. Um(a) amigo(a) é um confidente, é também um(a) conselheiro(a). As amizades crescem, modificam-se e podem ou não acabar. Não são sempre iguais... Pode acontecer que a tua amiga foi viver para outra localidade ou o teu amigo, que se apaixonou está mais tempo na companhia da namorada. Mas… Se a amizade existia esta irá prevalecer “sempre”.
O teu conceito de amizade pode ser bem diferente do conceito dos outros. Daí surgirem expectativas de um lado e do outro, que podem ser diferentes! É preciso tempo para se perceber isto tudo. Importa não desistir à primeira dificuldade.  
 Ao teus/tuas amigos(as) também é importante dizer “Não”, quando sentires que é necessário. Ser livre, independente e autónomo é também saber dizer que não concordas, que não farias assim, que não podes isto ou aquilo. Os teus/tuas amigos(as) vão compreender e aceitar-te cada vez melhor se souberem como tu és, verdadeiramente.
O teu grupo de amigos(as)…
No teu grupo de amigos sentes-te bem. Com eles/elas és livre e sentes que estás protegido(a). A tua autonomia é outra, diferente da que tens “lá em casa”. Sentes-te, geralmente, seguro(a), longe dos olhares dos teus pais. Outras vezes, as coisas não são tão simples, há desafios que te são propostos. Os(as) amigos(as), o grupo em si, testa-te mutuamente. Por vezes, sentes que és “levado(a)”, a fazer algumas coisas que não desejas, só para agradar alguém ou ao grupo.  
 
Mas afinal, queres afirmar a tua personalidade, a tua liberdade ou queres ser igual a toda a gente? Num grupo de amigos(as), não és obrigado(a) a falar daquilo que não sabes e mostrar um ar conhecedor quando afinal estás “morto(a)” de medo e ansiedade. É suposto haver confiança, não?!  
 
Em certas situações, os rapazes podem sentir-se mais sozinhos, sem ninguém com quem possam ser totalmente honestos, sinceros. Revelar medos e inseguranças, pode ser mais difícil entre rapazes. Por outro lado, num grupo de raparigas isto acontece menos. Andam muito aos pares, de mãos dadas nos corredores da escola, falam de tudo e até “vão sempre juntas à casa de banho”, como se costuma dizer!  

Existe uma grande cumplicidade entre ti e os(as) teus/tuas amigos(as). Parece que será uma amizade para sempre, mais forte que o amor… Mas, a amizade também pode estar sujeita a algumas provas. É comum haver uma distância quando algum(a) arranja um(a) namorado(a). Nessa altura, podes sentir-te mais abandonado(a). Mas nas amizades, a conversar é que as pessoas se entendem. Falar com ele/ela e explicar-lhe que continuas a gostar dela/dele, que queres continuar a amizade, mas que é normal estares mais tempo com quem namoras. Não devemos ter ou esperar exclusivamente sobre os(as) nossos(as) amigos(as); eles/elas podem ter outros(as) amigos(as) ou um amor especial. Aceitar isto é crescer, construir uma amizade que pode durar muitos anos.    
 Em suma, ter um(a) bom/boa amigo(a), um(a) confidente é muito importante. Alguém em quem possas confiar. Tão importante como ter um grupo de amigos(as) onde te sintas à vontade.
Amores e…
Antes de te apaixonares ou de sentires amor parece que não consegues controlar a tua impaciência, o teu desejo de que alguém apareça e te “arrebata”, te deixe nas nuvens! Mas, o amor não se encomenda. Aparece, sem data marcada! Idealizamos namorados(as), construímos ideais.  

Há muitas formas de definir o Amor. Tantas quantas pessoas diferentes o sentem! Geralmente, é consensual que o amor é um conjunto de sentimentos e não um só. Esses sentimentos levam-nos a apreciar outra pessoa como alguém muito especial, com quem nos preocupamos mais do que com a maioria das outras pessoas que conhecemos. Uma maneira de distinguirmos o amor apaixonado do amor por um amigo(a), pode ser o desejo e/ou a atracção sexual.

O amor sereno é o sorriso, o que nos faz feliz quando estamos tristes. O que nos faz acreditar de novo no mundo, nas pessoas, recuperar a nossa confiança. Damos e recebemos prazer, amamos e sentimo-nos amados. Há tranquilidade.
… Paixões
Já quando nos começamos a apaixonar por alguém, existe uma sensação diferente. Pode começar com uma sensação de angústia, de insegurança, aquela “dor no estômago” ou aperto no peito quando o telefone toca ou se recebe uma mensagem. O coração acelera, dizemos coisas que parece que não nos “saem bem”, coramos quando recebemos um elogio, um “piropo” ou uma frase mais romântica da pessoa por quem nos estamos a apaixonar.  
Adormecemos a pensar na pessoa. Quando acordamos, lá esta ela ou ele na nossa cabeça! Sorrimos ou ficamos ansiosos a pensar se a(o) vamos ver, quando, onde, como, o que vai acontecer?! O apetite, habitualmente, diminui e fantasiamos e imaginamos muito as situações. Fazemos coisas que nunca tínhamos julgado ser capazes de fazer.  
Resumidamente, quem vê de fora uma pessoa que está apaixonada parece-lhe que está “no mundo da lua”, abstraído em pensamentos a “dois palmos da terra!”   
 
Retirado de: Portal da Saúde e Sexualidade Juvenil

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