quinta-feira, 2 de junho de 2011

A infecção do HIV nos jovens

Relatório divulgado quando se assinala os 30 anos sobre a descoberta da doença
Perto de 2500 jovens são infectados pelo HIV por dia http://www.publico.pt/includes/img/vazio.gif?t=1307019283,0625
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A dias de se completarem 30 anos sobre a descoberta da sida, é lançado o relatório “Oportunidades na crise: prevenir o HIV desde o início da adolescência até à jovem idade adulta” com dados inéditos sobre a infecção entre os jovens no mundo. Segundo o documento, diariamente, estima-se que 2500 jovens sejam infectados com o vírus.


Há três décadas, no dia 5 de Junho de 1981, o Centro de Controlo de Doenças de Atlanta, nos EUA, identificou uma estranha pneumonia em cinco pessoas e no ano seguinte a doença acabou por ser baptizada de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (sida). Em 30 anos foram vários os avanços feitos no sentido de melhorar os tratamentos existentes e, nesta quarta-feira, a “Oportunidade na crise” revela os números desconhecidos da doença.

Diariamente, 2500 jovens ficarão infectados com o HIV. Embora a prevalência do vírus tenha baixado ligeiramente entre os jovens, o sexo feminino enfrenta um risco desproporcionadamente elevado devido à vulnerabilidade biológica, à desigualdade social e à exclusão.

Segundo o relatório, da autoria da UNICEF, ONUSIDA, UNESCO, FNUAP, OIT, OMS e Banco Mundial, 41 por cento das novas infecções entre jovens ocorridas em 2009 correspondem a pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos. No mundo, cerca de cinco milhões de jovens nessa faixa etária viviam com o HIV em 2009. Na faixa dos 10 aos 19 anos, segundo dados novos, estima-se que dois milhões de adolescentes estejam actualmente a viver com o HIV. A maior parte destes jovens encontra-se na África subsariana, é predominantemente do sexo feminino e desconhece que esteja infectada. "Graças aos sucessos conseguidos em matéria de acesso aos medicamentos anti-retrovirais, há mais jovens a sobreviverem com o HIV, mas muitos continuam a não saber que estão infectados,” afirmou a directora-geral da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan.

Globalmente, as raparigas constituem mais de 60 por cento de todos os jovens que vivem com o VIH. Na África subsariana essa proporção ascende aos 72 por cento.

Certos comportamentos de alto risco – tais como o início precoce da actividade sexual, a gravidez adolescente e o consumo de drogas – são sinais de que algo não está bem no ambiente em que vivem os jovens adolescentes, e podem estar associados à violência, exploração, maus-tratos e negligência.

O relatório sublinha também a importância de uma actuação por parte dos governos e parlamentos no sentido de rever leis e abolir barreiras legais que restrinjam jovens de acederem a meios de prevenção da doença e métodos de tratamento.

“Este relatório apela aos líderes, a todos os níveis, para que construam uma cadeia de prevenção que mantenha os adolescentes e jovens informados, protegidos e saudáveis,” afirmou o director executivo da UNICEF, Anthony Lake.

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